- Por favor!!!
Já que vamos passar ali pertinho, podemos fazer um desvio (de nada) e ver Paris, bem rapidinho, só ver a Torre Eiffel e ir embora?
- Não, Kalli! Você tem noção do tamanho que é Paris e do quão complicado é para entrar? Sabe que não temos muito tempo nem muito dinheiro. Já viu como foi complicado arranjar um lugar para dormir em Angoulême... esquece!
- Por favooooooor! Não seja chato. Falta de romantismo, viu!
E quando eu vejo... O topo de algo brilhando como se fosse um farol. Só que não! Não era um farol. Era... Paris.
Fofo!!!!
Mas já era noite e não tínhamos encontrado nenhum hostel acessível que tivesse alguma vaga. NENHUM! Lá fomos nós rodar e rodar por ali, no meio de um tráfego intenso, à procura de um lugar onde pudéssemos passar a noite. Tínhamos viajado o dia todo, praticamente sem pausas, com chuva, por umas estradinhas cansativas afim de evitar os pedágios das auto-estradas. Precisávamos de, pelo menos, um banho e de acesso à internet.
Um adendo para que vocês entendam de onde vínhamos:
Na noite anterior, não tivemos muita sorte em uma cidade chamada Angoulême, perto de Bordeux (ou Bordéus). Aconteceu-nos isto: chegamos à noite, muito tarde, e fomos à procura de um lugar para dormir, só que, neste caso, a cidade era bem menor. NADA! Tudo cheio. E NINGUÉM falava inglês. Fomos parar num Formule 1, longe da cidade, onde, por fim, conseguimos um quarto depois de muita mímica e de um diálogo quase incompreensível. Ufa!
Achei tudo estranho! Tudo bem que a pernoite era super barata, mas o hostel estava impregnado com um cheiro ruim, parecia chulé. Os corredores todos tinham carpete do tipo forro, já bem velho e sujo. Banheiro? Só compartilhado. Na verdade, os banheiros eram umas cabines aleatórias no meio desses corredores. Cabines de plástico, para uma pessoa (muito pequenas, mesmo!) e mistas (para homens e mulheres).
Ótimo! Tava tudo 10! Relaxamos, vimos Hulk em francês na TV enquanto comíamos a nossa comida de sempre (tortilha, presunto e cerveja). E cama!
Acha que aprendemos com esta experiência?
Voltando a Paris:
Depois de muita procura (chegamos a ir até Versailles, que fica longe), foi ao lado do Rio Sena que acabamos por encontrar um camping. Se chama Indigo e vocês podem conferir clicando no nome.
Era já passado das 22h, estava começando a chover e fazia frio (uns 8 graus). O camping era a nossa única alternativa ali e, além disso, já tínhamos nos convencido de que o lugar era super bacana! Tinha uma excelente infra-estrutura, banheiros limpinhos (também mistos), cafetaria, lavadoras e secadoras, etc. Montamos a nossa barraca, escovamos os dentes e fomos dormir. Detalhe: o camping também estava cheio! Ficamos numa das últimas vagas, mesmo encostada ao rio.
Como foi a noite? Chuva. Muita. Temporal! Felizmente dormimos bem. Nossa barraca permaneceu firme, forte e seca. O plano era acordar cedo, tomar banho (tem fila, mesmo sendo muitas cabines), comer e conhecer um pouquinho de Paris.
Neste camping, nos disseram que era impossível ir com o carro para o centro da cidade. Como não queríamos arriscar, fomos analisar qual eram as outras opções (bicicleta ou transporte do próprio camping). Decidido! Bicicleta?
Não.
Já estavam todas alugadas. Tivemos de apanhar o ônibus do camping. Pagamos 8 € ida/volta cada um. Mas o ônibus não vai até o centro. Ali tivemos de pegar o metro até uma estação mais central (já não me lembro do nome) e pronto! Uma vez que ali chegamos, andamos a pé por tudo o que podíamos o mais rápido possível, pois depois do almoço, tínhamos que seguir até Colônia, na Alemanha. Tenso.
Fui andando feito uma louca até me deparar com isto:
É mesmo assustador, é brutal o tamanho!
Tirei uma foto bem clichê. Óbvio.
A cada rua que entrávamos, algo nos chamava atenção: se não era pela Torre, era por uma parede coberta de musgos ou por restaurantes de tinham, em cada mesa, uma torradeira de pão para que os clientes fizessem as suas próprias torradas...
Andamos, andamos muito! Corremos, até. Queríamos ver tudo. Era como se estivéssemos a comer a cidade com os olhos. Fome? Nada. Tudo caro. Entramos num mercado muito pequeno, assim de esquina, e compramos uma baguete e uma garrafa de água mineral - Me achei chique correndo por Paris mordiscando uma baguete.
Mesmo ali, no centro da cidade, entramos num café para pedir dois expressos e não se iludam, minha gente! Eles só falam francês. Os preços também são exorbitantes!
Com a bateria do telefone a chegar ao fim, com o mapa já todo estatelado, a nossa maratona parisiense estava terminando.
Cansados, porém felizes, nossa parada final foi em Notre D'ame. Com a promessa de um dia voltar.
Au revoir,
Bisous,
Kalli Horn



Passando para dar uma olhadinha!
ResponderEliminarAmeiiiiii.... Que lindo, você conheceu pouco de Paris!
Beijos e continue a se aventurar, isso é o máximo.